terça-feira, 19 de abril de 2011

Da água para o vinho


Texto-base: João 2: 1-11


Que não haja a tentativa de misturar “ki-suco” em água para que o vinho seja formado. O vinho é obra miraculosa a fim de manifestar a glória do Senhor. Operado para a honra do noivo, e alegoricamente representando a glória d‘O Noivo’. É o sumo do fruto, fermentado, pronto para satisfazer os lábios mais exigentes. Não é batizado com água, pelo contrário, tem sua água extraída para acurar o sabor. É substância nova que marca o fim da antiga purificadora substância. É substância que lava de uma vez por todas.

Esteja isso entendido: Que mudar da água para o vinho não é possível a homem algum, é obra de Deus, é milagre que manifesta a Sua glória. Isso exclui os recursos artificiais das filosofias e religiões, pois não é simples mudança moral ou cultural (ainda que isso ocorra), é mudança essencial, é troca de substância, de vida humana (água) para Vida divina (vinho). Claramente se percebe a diferença entre vinho e suco artificial de uva. Os mecanismos de moralidade e progresso espirituais dos homens são falhos e incapazes de assemelhar-se ao sabor da elevação espiritual concernente ao Santo Deus. Tentar amar não é suficiente, o alvo é ser amor na essência, assim como Ele é, e para isso, resta somente uma “transubstanciação”, uma mudança estrutural, de pecado a amor absoluto, como seremos ao vê-Lo em Sua plenitude.

Desse modo, nenhuma outra obra, por mais apreciada que possa ser por aqueles que a saboreiam, será para a honra d‘O Noivo’. Toda bebida produzida a fim de purificar o homem, ainda que sacie a sede existencial, não pode embriagar a alma com o prazer da Vida eterna. Somente o Vinho pode proporcionar tal prazer. O Vinho da reconciliação, da nova aliança entre Deus e os homens que Dele beberem. Esteja isso anunciado: Que bebam do Vinho, para a honra e glória do Noivo. Portanto, que nada de mim reste em mim, e tudo em mim seja preenchido por Ele. Que eu perca a minha vida, para que Ele encha-me com a Vida dEle.

Por Gustavo Marchetti, mais um dos que se embriagam no prazer da Vida Eterna.