quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Dele, por Ele e para Ele.




A simples contemplação das coisas que se vêem revelam que existe um Criador para todas elas. A perfeição de cada minucioso detalhe na natureza nos apresenta que existe um Desenhista universal, alguém que projetou todas as coisas. Pois qualquer um que, sinceramente, observar essas coisas criadas alcançará conhecimento desse Arquiteto, e de seus atributos invisíveis, tal como Sua eternidade, pois vendo o mundo à sua volta, notará que nada possui vida em si mesmo, pois tudo que tem vida a perde, pois a vida apenas é a continuação de um ciclo que se procria, deste modo se entende que existe a fonte de toda a vida, o Iniciador dela, pois a vida é passada de mãe para filho [e os dois morrem], mas quem veio antes da primeira mãe?

A resposta está Nele, o Iniciador, o que porta em si, toda a vida, o que é eterno, e sendo Ele o que a todos dá a vida, Ele mesmo é o que a tira, e não somente isso, mas se observarmos a chuva que cai e o florescer das plantas, assim como a semente que é carregada pelos pássaros para lugares distantes, é notório que existe Aquele que providencia todas as coisas, de modo que Ele mesmo é o que dá, mantém e tira a vida. Assim conhecemos Deus pela criação, sabendo que nada na criação pode ser Ele, pois todas as coisas que se vêem são perecíveis, mas que tudo tem como real objetivo O revelar a nós, como uma poesia acerca Daquele que não se pode ser descrito plenamente por qualquer palavra humana, e nem pode ser visto pelos nossos olhos, porém torna-se conhecido através de Suas obras. Tais obras servem como representação Daquele que somente pode ser visto como glorioso mediante a fé, e que somente por fé pode ser desfrutado.

Este mesmo é o Legislador universal e Senhor de tudo, que instituiu todas as leis da física e que dá ordem a todos os planetas, astros e estrelas, o que diz ao sol quando nascer e quando se pôr, e de mesmo modo faz com que o vento sopre e que as folhas caiam das árvores, Ele portanto é soberano em tudo. Soberano sobre cada canto do universo, sobre cada forma de vida existente, desde bactérias a baleias, desde a flor plantada no vaso que é posto na janela de sua casa à maior das árvores na Amazônia, desde o mais miserável dos homens ao mais rico de todos, desde o mais cruel assassino ao mais manso homem que habita nesse planeta, desde cada criança que nasce condenada a doenças incuráveis, nas quais prova Ele a Sua glória providencial em sustentá-las por anos ainda que nós mesmos não tenhamos qualquer forma de conhecimento sobre como mantê-las vivas, a crianças que sobrevivem a inúmeras tentativas de aborto de suas mães.

Ele é soberano sobre todas as doenças, e suas curas, sobre toda composição química de todos os remédios jamais criados, e sobre cada enfermo no quarto de um hospital. Sim, Ele é poderoso para curar e para ferir, e porque nos fere então? Mediante o que foi visto sabemos que certamente somos nós dignos de sermos feridos.

À luz da revelação divina na natureza, corremos para a criatura mais complexa dentre as quais conhecemos a fim de obtermos tal resposta: Nós mesmos. Olhando para dentro de si, cada um de nós se deparará com algo que diz que somos culpados. A consciência a todos condena nos apresentado uma lei que parece nascer conosco, e que em todos os instantes revela um desejo ardente por julgar todas as coisas como boas ou más, e sob tal juízo somos também condenados como culpados por nós mesmos. Isso revela que Ele, é totalmente justo em operar todo e qualquer tipo de juízo sobre qualquer um que seja, pois quem pode fugir de sua própria consciência? Quem pode apresentá-la como limpa? Logo estamos todos condenados. E qual seria a condenação digna àquele que não sabe viver senão perder a vida? Assim, pois, o salário do pecado é a morte. E o que é o pecado senão negar a glória Daquele que sabemos que tem todo o poder sobre todas as coisas.

Glória, pois, seja dada ao Deus incorruptível.

Leitura recomendada: Salmo 19 / Romanos 1